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Minha gata é diferente!
Posted by Blogueira
on
20:09
in
Pessoalidades
Foi achada na chuva e chorando.
Não fui eu quem achou, mas um ser muito especial pediu para que eu ficasse com
ela. De início, relutei! Nunca tive um gato antes, apenas cachorros e, além
disso, havia quinze anos ou mais que eu não tinha e não estava mais acostumada
a bicho nenhum. Alguns dias se passaram e aceitei a ideia, ou melhor, o desafio
de gostar de um animal novamente.
Ela começou como todo gatinho,
subia em minhas pernas e queria carinho. Às vezes, arranhava de leve, outras
vezes, mordia. Parecia-me uma gata normal, mas não era. Com o tempo, foi
mudando de comportamento. Tornou-se arredia. Aos três meses (calculados por
estimativa) não gosta de colo. Carinho? Só na hora do sono, isso se o sono
estiver muito “pesado”. O problema é que sinto vontade de carregá-la a todo
momento. Afinal, quem não quer carregar um filhote? Filhote são apaixonantes.
Ela é diferente, do nada, sai fugindo. Mas é a gata que não troco por outra.
Trocaria de início, hoje não troco mais.
Dia desses, ela adoeceu, fiquei ‘chorosa
de morte’. Nem eu entendi por qual motivo fiquei assim. Um gato, apenas? Não! A
minha gata! A gata que hoje altera minha rotina e que me fez voltar a brincar,
algo que deixei de fazer há muito tempo. Mas o que mais me comove em Mily, sim,
Mily é seu nome, é a forma como ela me conhece. Sim, conhece! Se estou triste,
Mily me olha com olhar de piedade, tenta me ajudar de alguma forma, fica
desajeitada, seu pescoço contorce. Mily, realmente, neste pouco tempo, sabe
quando estou triste. Quando estou feliz, Mily pula, Mily corre, Mily quer demonstrar
que está como eu: feliz. Não é impressionante?
Vejo que Mily me conhece mais do
que as pessoas que convivo, pois quem é que sabe quando estou triste? Quem fica
feliz comigo? Pouca gente sabe o que se passa na minha alma. Ou melhor, alguém sabe? Posso estar
errada, mas sinto que minha gata se parece comigo. Nunca fui dada a afagos e
chamegos, algumas pessoas me acham agressiva e é o que têm dito sobre Mily.
Quando ela adoeceu, fomos à veterinária, que me disse que o jeito dela não vai
mudar e que eu tenho que respeitar o que ela gosta ou não gosta e eu sei que
ela gosta de mim, o que ela não gosta são dos 'amassos de amor' exagerados.
Graças ao Deus dos animais amados, Mily está se recuperando bem e meu coração
está mais tranquilo, pois voltei a acreditar na pureza, na verdade e no amor.
No amor? Ah, ainda não sei... Deixa o tempo dizer.