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(Megamente)

Posted by Blogueira on 11:22 in

Pensei, mas não encontrei nada, surpreendentemente, interessante que eu pudesse indicar. Aliás, como sempre! Acredito que a insistência torna a vida chata, mas confesso que sou, demasiadamente, insistente. Coleciono fracassos inúmeros e, ao invés de me lamentar, penso que sou muito mais forte do que imaginava que fosse durante todos esses vinte oito anos. Toquei no assunto insistência porque vou manter o espaço ‘Indicação do Mês’ custe o que custar. Mesmo quando não houver nada para indicar, virei até este espaço virtual e direi que não há nada para indicar e que viva o nada porque, na verdade, nada sempre acaba significando alguma coisa no fim da história. Nada nunca é apenas nada.

Assisti à animação “Megamente” e me surpreendi muito com o que vi. Essas animações, muitas vezes, são surpreendentes mesmo. Ao contrário do hit “Rio” que foi uma grande decepção, por causa da falta de carisma dos personagens, que não são nada intrínsecos, mas vale pela paisagem perfeita do nosso Rio de Janeiro.

Entretanto, voltando ao “Megamente”, reafirmo minha tese de toda uma vida de que prefiro os vilões nos filmes e livros. Só nos filmes e livros, pois na realidade os vilões não passam de políticos ladrões, pessoas pobres que roubam pela falta de oportunidades que a vida lhes deu, estupradores e assassinos sem nenhuma espécie de compaixão pelo próximo e drogados que precisam sustentar seus vícios. Por isso, apenas os vilões da ficção são interessantes, pois a realidade é nua e crua!

Megamente (o personagem) é mais um exemplo de como as pessoas têm sentimentos que os outros não podem jamais compreender antes de mergulhar no mundo sagrado, chamado coração, dessas pessoas condenadas pelo simples fato de serem ou pensarem de maneira diferente. Destaco, entretanto, o “herói” (Titan), fabricado por Megamente, que é o exemplo perfeito do que acontece quando se dá poder às pessoas erradas. O que tenho a indicar é que vale a pena ver “Megamente” e, assim, repensar a vida e a forma como julgamos nossos semelhantes.


Imagem: Google


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A inspiração de meu sobrinho

Posted by Blogueira on 18:07 in , ,

18/04/2010

Desde que assistiu a um filme de animação, meu sobrinho se sentiu inspirado e criou um caderno de aventuras. De suas aventuras. Aventuras de gente pequena. Diferentes das aventuras de gente grande.

À pedido dele, o caderno foi encadernado por sua avó, que o fez de maneira amorosa. Amor de vó. Amor sem preço, mas precioso amor.

As aventuras são recortes, desenhos por ele coloridos, exercícios, personagens próprios, criações subjetivas. Um mundo lindo e real em sua imaginação. É tão real que vem de dentro. O que vem de fora é poucas vezes absorvido.

O caderno do meu sobrinho é o meu sobrinho. Pois, na verdade, ele também é um caderno com poucas páginas ocupadas, mas cheio de páginas abertas e ansiosas para serem preenchidas. Todas as pessoas são um caderno.



Imagem: Google


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Minha nova rotina chata (Quando estava no banco...)

Posted by Blogueira on 17:50 in , ,

Estou acostumada com textos, adolescentes, ambientes descontraídos e informais. No entanto, no momento, estou tendo a dura tarefa de trabalhar em um banco. Considero-me uma pessoa flexível, apesar de muitos me considerarem o contrário. Por isso, penso que posso me adaptar a qualquer local, mesmo que a duras penas. Fica claro, então, que a função deste texto não é reclamar da vida, inclusive, odeio conviver com quem o faz.

Não gosto de ambientes e pessoas formais. Sendo assim, escolhi uma profissão que quase ninguém quer: ser professor. Escolhi essa missão, exatamente, por adorar as discussões e a forma de interagir dos jovens que me rodeiam, não vejo suplício em ser professor, considero uma linda missão, mesmo que, muitas vezes, árdua.

Concluí o curso em julho de 2010 e, como a maioria dos recém-formados, estou tendo certa dificuldade em encontrar uma colocação em minha área. Acredite, querido leitor, até para ser professor, no Brasil, há muita concorrência e eu achava que isto não existia neste campo de trabalho.

Mas a vida tem se resumido a uma rotina de banco, em que os dias parecem se repetir e, repetições, sempre me cansaram. Por isso, sempre odiei decorar, nunca fui fã de trabalhos automáticos e espero que seja tudo passageiro, como a própria vida que passa, eu tenho certeza que passa.

Graças às forças do universo, o inferno de trabalhar em um banco acabou. Até me tornei uma pessoa melhor, pois conheci gente mesquinha demais, que ganha R$2000,00 míseros por mês e acha que é melhor que as outras pessoas. Pobres coitados!


Imagem: Google


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Repetições

Posted by Blogueira on 12:13 in ,

Ligo o rádio e ouço as mesmas músicas (sim, ainda ouço rádio). Gosto dos comentários sem sentido dos locutores, das coisas inúteis que dizem, como se nos contassem a mais nova descoberta da face da Terra. Gosto quando dizem frases de para-choques de caminhões, como se fossem a mais profunda poesia de Drummond. Não gosto quando interrompem a música bem no meio, talvez porque estejam enjoados de tocá-las.

Parece que ouvir a programação das rádios é como a própria vida, tantas vezes repetitiva, tantas vezes as mesmas músicas, as mesmas frases, as mesmas pessoas. As propagandas seriam aqueles intervalos, que na vida não são intervalos e, sim, momentos e tempo que desperdiçamos. O interessante é que os intervalos sempre duram mais que a própria programação. Momentos desperdiçados duram mais que a própria vida.

Atos não passam de meras repetições, não passam de meros esboços do que foi ou do que vai ser. Ultrapassados como a programação das rádios... Mas ainda existentes.



Imagem: Google


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