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Falta de inspiração ou de técnica?

Posted by Blogueira on 22:10 in


Não sei se por falta de inspiração ou de técnica, não consigo terminar um conto que iniciei no início do ano. Tarefa difícil essa... Ou seja, há dez meses não consigo dar o desfecho para a obra, é como uma trava. A impressão que eu tenho quando começo a escrever o tal conto é que caí em um buraco e ninguém me jogou uma corda.

Para escrever, é necessário estar inspirado e a técnica faz parte do método de cada indivíduo que deseja escrever. Porém, descobri que, além desses dois fatores, é preciso também sensibilidade e, sensibilidade, não é qualquer um que tem. Vejo esse fator, talvez, como o mais difícil para absorver a atenção de um futuro provável leitor.

Já pensei em não tentar mais escrever algo que, pelo menos, chegue perto de um texto literário. Afinal, por qual motivo tentar algo que não consigo? Mas parar de tentar significa desistir e por que desistir de aprender? Quero aprender a escrever contos, quero encontrar essa fórmula que leva a trabalhos primorosos na Literatura. Se vou conseguir? Não tenho certeza, mas vou tentar, mesmo que me dê muito desânimo e muita vontade de desistir, muitas vezes.






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A fé que não vem

Posted by Blogueira on 21:58 in
Sinto falta de ter mais fé. Queria ser mais crédula, não duvidar tanto, acreditar! Mas sempre me indago sobre o que faz uma pessoa acreditar em algo. Apesar de não ser de todo incrédula, confesso que minhas crenças são um pouco rasas, e isso quer dizer que não são profundas. Também não sei o que é ser profundo, nem sei o que é um “ser” profundo.

Tento me concentrar, medito em torno de mim e daqueles que amo. Tento ter um momento de fé, mas essa fé nem sempre vem e, quando vem, não é a fé que eu acredito ser o ideal de fé. Não sei se isso me torna fraca ou forte. Entretanto, tenho aparência de forte, mas sou fraca, confesso. Em contraponto, acho que confessar minhas fraquezas é o mesmo que expor aquilo que ninguém pode ver: o meu espírito, o meu coração espiritual, não o músculo, pois esse apenas me mantém de pé. Sendo assim, isso me faz forte.


A fé que não vem não é fé palpável que se possa imaginar. Não é fé qualquer! Não é fé que se vai junto com a vela que apaga. Não é fé que se esquece quando o livro de orações é fechado. Não é fé de não comer carne na quaresma. É fé inquestionável e inexplicável e não tenho fé que se possa atingi-la ou, simplesmente, encontrá-la. Não conheço ninguém dono dessa fé. Não conheço... mas quem pode pisar em terrenos alheios e ter certezas que não se tem nem quanto a si mesmo? Quem pode saber o que é fé? Quem é capaz de ter fé? Quem tem fé?



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“O Sonho de Cassandra” e “Match Point”

Posted by Blogueira on 19:51 in , ,
             Disparadamente, os meus filmes favoritos de Woody Allen são "O Sonho de Cassandra" e "Match Point". Primeiro, porque remetem a um dos meus livros favoritos: Crime e Castigo. Segundo, porque são histórias, particularmente, diferentes, mas que remetem à mesma temática.

            "O Sonho de Cassandra" traz à cena dois irmãos que precisam de dinheiro e cometem um crime para conseguir. O conflito central se dá quando um deles não consegue lidar com a situação de ter cometido um crime. Já "Match Point", traça a história de um jovem com recursos parcos que se vê diante de uma paixão avassaladora e da possibilidade de crescer financeiramente em um outro relacionamento estável, mas apagado pela falta de tesão. O jovem comete um crime para resolver sua situação. Enquanto o primeiro possui um final trágico, o segundo apresenta um desenlace questionável do ponto de vista ético.

             Para quem não leu, "Crime Castigo" apresenta ao leitor a história de um jovem atormentado pela própria loucura e que comete um crime: o foco central da narrativa. Dostoieviski é um gênio, absurdamente, diferente. Com certeza, trata-se de um livro possuidor, que paralisa e absorve. Choca e fascina. Espanta e atrai. Confunde e explica. Ou seja, o livro apenas nos mostra o que é Literatura.
            Quem conhece meus textos sabe que não faço resenha, apenas comento. O fato é que não consigo escolher entre um filme e outro. Mas é claro que não quero nem comparar ao livro, pois a ideia de Allen não era adaptar o livro em filme, apenas se inspirar nele, o que é bem diferente, tarefa de mestre, claro! As três histórias têm o mesmo pano de fundo: Culpa? Ambição? Considerar-se acima do bem e do mal? Poder? Ideias conturbadas? Dinheiro? Investigação? Confusão mental? Ao caro leitor, convido assistir e ler, criando, assim, suas próprias expectativas e tirando suas próprias conclusões.





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