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Indicação do Mês

Posted by Blogueira on 16:07 in ,
Durante o mês de janeiro (2011), escrevi alguns textos que estavam, de alguma forma, relacionados a filmes. Entretanto, utilizei-me dos filmes apenas como um pretexto para obordar outras questões. A partir dos comentários que recebi, em relação aos textos, percebi que alguns leitores acreditavam que os textos eram como uma dica para ver os filmes. Sendo assim, decidi indicar o filme"Ensaio sobre a cegueira", que foi aqui (no blog) abordado. Acredito que seja uma ótima forma de reflexão sem se prender a nenhum tipo de autoajuda.

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Fechando ciclos, ampliando horizontes

Posted by Blogueira on 20:50 in ,

Quando fenômenos se sucedem em uma determinada ordem, ocorre um ciclo. Hoje, ao acordar, percebi que preciso fechar alguns desses ciclos. Percebi, no entanto, a dificuldade de se colocar em prática o famoso e antigo ditado que diz: “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. É lindo ouvir e ver pessoas falarem dessa forma. O difícil, na verdade, é colocar em prática o ditado em questão e seguir em frente ampliando os horizontes (os quais chamam de futuro).Fechar um ciclo não consiste em apenas romper uma determinada lógica, mas também iniciar outra, porque a vida é feita de ciclos. Alguns ciclos serão cortados pelo caminho, outros se fecharão automaticamente por ser esta a sua natureza, e uma enorme quantidade deles jamais se fechará. Vejo, indignada, que tenho a difícil e desleal missão de fechar alguns. Difícil, porque abrir mão de alguns ciclos é abrir mão de uma parte de mim. Desleal, porque, geralmente, os ciclos possuem uma força enorme e, muitas vezes, no momento de fechá-los é quando se está mais fraco ou nocauteado, como eu estou.



Talvez um dia eu olhe para trás e diga que “levantei, sacodi a poeira e dei a volta por cima”. Talvez nunca diga isto, pois essa frase já se tornou lugar comum. Talvez eu possa rir de toda a situação. Mas uma coisa eu tenho certeza, jamais me arrependerei de ter fechado os ciclos, que, realmente, necessitam ser fechados. Caso contrário, se transformarão em feridas jamais cicatrizadas. E, eu posso garantir, uma ferida aberta dói deveras mil vezes mais do que ciclos fechados e interrompidos.

Agora que estou de acordo comigo, posso iniciar a longa jornada de ampliar meus horizontes, mesmo que esses meus horizontes jamais me levem a lugar algum. A única certeza que tenho é que não tenho certeza nenhuma e, de fato, invejo quem as possui, mas ainda não conheci ninguém que possui certezas. Conheço apenas pseudosenhores donos da verdade e destes quero distância, a maior possível.





(Imagem: Getty images)

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"O animalzinho que somos..."

Posted by Blogueira on 18:38 in , ,

O livro “Ensaio sobre a cegueira” (José Saramago) encaixa-se, perfeitamente, ao momento que estamos vivendo. Afinal, nós (humanidade) parecemos estar cegos, como diria o IMORTAL Saramago: “Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem.”. Não há nada que possamos afirmar acima desta citação, que está no livro. Quando o li em 2007 fiquei bastante sufocada, porque o livro é sufocante. Ao mesmo tempo, libertador. Complexo? Sim, por que não dizer que a vida é complexa? Todos sabemos disto, mas preferimos as antigas fórmulas para encarar a realidade. Não há nada pior do que viver em uma sociedade desigual e perdida que talvez nunca se encontre. Estamos dentro de uma ficção de Saramago! Estamos assustados e cegos.



Tempos depois, aparece Fernando Meirelles e nos aterroriza com o filme, que é uma leitura do grande diretor em relação ao livro. Mas bem que poderia ser o próprio livro a se transfigurar em nossa frente e, assim, ficamos paralisados diante a realidade nua e crua daquilo que somos, porque, simplesmente, estamos cegos. Cegos de burrice, cegos de falta de compaixão, cegos de desamor, cegos de atos e omissões, cegos de inveja e cobiça. Nada mais que cegos, cegados por nossas próprias atitudes.
Recomendo livro e filme com a falta de entusiasmo de quem assiste de camarote à própria destruição. Destruição toda nossa, pois fazemos parte da mesma humanidade cega!


“Mas quando a aflição aperta, quando o corpo se nos desmanda de dor e angústia, então é que se vê o animalzinho que somos.” (Saramago)







(Imagens: Google)

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