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Ninguém tem uma gramática normativa na cabeça

Posted by Blogueira on 11:23 in ,
Outro dia, eu disse a frase: “não emagreci uma grama”, um certo senhor me corrigiu: “Não é uma grama, é um grama”. Contra-argumentei: “O senhor quer que eu fale todos os erros gramaticais normativos que cometeu durante nossa prosa?” Parece-me estranho, mas as pessoas pensam que apenas uma ou outra palavra do que se diz é certa ou errada. Na verdade, se formos analisar tudo o que dizemos, encontraremos mais erros do que acertos (em termos gramaticais). Afinal, a oralidade é, completamente, diferente da escrita por inúmeros fatores, um deles e eu diria, o principal deles, é o pensamento. Como eu acredito que pensar seja automático, não vejo certo e errado na fala. Portanto, falo do jeito que eu quiser!
Às vezes, me sinto forçada a falar melhor devido à cobrança que cerca uma professora de Língua Portuguesa, mas, na linguagem coloquial e cotidiana, vejo tal atitude como enorme deselegância. Então, só para contrariar, continuarei dizendo “uma grama”. Caros leitores, não me entendam mal! Não estou afirmando que falar “nóis foi” ou “nóis vai” seja correto ou elegante. O que estou tentando expor é a ideia de que o, verdadeiramente, correto, na oralidade, me parece impossível, até mesmo pelo fato de a Língua Portuguesa ser uma das mais difíceis do mundo.
Queria que as pessoas pensassem de forma mais aberta... Falar em erros gramaticais durante a fala é algo inviável. O pensamento é fugaz e a fala apenas tenta acompanhá-lo e, de certa forma, reproduzi-lo. É melhor pensar mais, antes de sair corrigindo quem a gente pensa que não entende de determinado assunto. Ou antes de tentar chamar alguém para um duelo gramático normativo. Não sou competitiva, mas, se me chamar para o debate, eu vou, e é bom tomar cuidado, bagagem eu tenho cada dia mais.


Forte abraço, e boas leituras!

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Conscientização sobre nossa insignificância

Posted by Blogueira on 20:54 in ,
Por mais que digam o contrário, autores escrevem para serem lidos. Querendo ou não, todas as pessoas agem assim. Sei que não sou lida por quase ninguém. Mas seria muita arrogância pressupor que aquilo que escrevo merece ser lido ou compartilhado por alguém. Às vezes, somos muito arrogantes em nossas atitudes. Pensamos que somos melhores. É sem querer e automático. De toda forma, sem perceber, imaginamos que somos superiores e não somos! Ninguém é. O final de todos é a vala, o que falta é consciência sobre tal.

Sendo assim, quero falar sobre a total consciência de nossa insignificância, consciência essa que não temos. Quando digo insignificância, quero dizer insignificância humana. Nossos atos têm valor, mas o valor de nossos atos não pode ser maior do que o que de fato representam. Insisto sempre na ideia do ego. Como nosso ego é elevado... e, essa elevação do ego, vem da origem equivocada de uma importância superestimada. Ou seja, nos acreditamos importantes demais!

Sempre sinto ou pressinto que se eliminarmos um pouco da nossa vaidade, seremos pessoas melhores. Sei que não falo apenas por mim, mas por todas as pessoas. Afinal, temos sempre que crescer. Temos que procurar evoluir de alguma maneira. Ir para frente significa evolução, mas ir para frente pressupõe atitudes melhores. No entanto, é muito difícil agir de maneira mais evoluída. Requer trabalho, requer um exercício diário de mudança de comportamento. Tentemos!

Conscientização sobre nossa insignificância é a chave para um caminho melhor. Convido a todos e a mim mesma a nos olharmos no espelho. A tentarmos enxergar quem, de fato, somos. Também convido a imaginarmos ou idealizarmos quem podemos ser. Toda mudança é possível, acredito. Mas exige esforço e, esforço, é uma atitude que deve ser sempre observada e bem administrada. Esforçamo-nos para inúmeras questões em nossa vida. Esforcemo-nos, então, pela nossa evolução diária enquanto criaturas humanas.



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Braços cruzados (06/11/15)

Posted by Blogueira on 22:10 in ,
Estou de braços cruzados, confesso! Quero a mudança, mas a mudança não vem. Então, permaneço paralisada como uma estátua que não se move ou como alguém que afunda em areia movediça. De repente, me dei conta de que a vida é a permanência da insistência. Não estou insistindo nem tentando, não estou mudando nada o que deveria e poderia. Assisto à tragédia de mim mesma. Assisto minha própria dor. Querer é poder desde que os braços não fiquem cruzados. E os meus braços permanecem, além de cruzados, atados. Ataduras que não quero remover. Não quero ou não consigo? Irremovíveis! Sou irremediável?!?



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