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É burrice!

Posted by Blogueira on 19:16 in
Tenho o hábito de advertir meus alunos quando dizem pérolas do tipo “truxe” ou “nós vai”. Talvez faça parte da minha função. No entanto, é muito deselegante algumas pessoas corrigirem outras em redes sociais devido ao mau uso da língua. Ou melhor, devido ao uso que os deselegantes consideram inadequado.
Como profissional, uma palavra, ortograficamente incorreta, não me incomoda tanto como erros de concordância ou falta de pontuação. Posso até estar equivocada, mas corrigir os erros gramaticais de outras pessoas é nunca olhar para si mesmo. Afinal, ninguém tem um dicionário e uma gramática normativa arquivados no cérebro. Seria bom se tivéssemos, não é mesmo?

Não cabe a nós, meros falantes da língua, apontar erros. Em se tratando da linguagem, tudo é possível, desde que o indivíduo se faça entender. É burrice normatizar a língua em um meio tão amplo como a internet!

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Todos deveriam ler “A Metamorfose”

Posted by Blogueira on 21:09 in , ,
Muita gente sabe do que se trata o livro de Franz Kafka: “A Metamorfose”, mas sei que pouca gente lê os clássicos. Enfim, inúmeras são as justificativas, mas nenhuma aceitável. Desprezando, momentaneamente, a parte intelectual da obra, afirmo que o enredo é, no mínimo, intrigante. Um jovem caixeiro viajante acorda, numa manhã comum, em corpo de um inseto gigante. Sua transformação mudará a sua vida e a vida de sua família no decorrer do texto impecável de Kafka.
Penso que acordar no corpo de um inseto gigante seria, realmente, um dos piores pesadelos. Mas,
muitas vezes, eu me sinto assim e muita gente também. É claro que sempre agradeço ao bom Deus por não ser um inseto gigante, mas inúmeras vezes me sinto como se estivesse no corpo errado e que minha vida não é real, penso: É sonho? Ou melhor: Que pesadelo é esse?
Ler “A Metamorfose” é transformador, tanto do ponto de vista literário, como do ponto de vista de uma pessoa que busca as respostas que jamais encontrará. Mas por que transformador se não me dá as respostas? Porque tudo o que me faz repensar e rever minha forma de encarar a vida e a vida me encarar é transformador (uma metamorfose, ouso afirmar), por mais que não sejamos capazes de perceber, algo nos modifica. É bom! É arte! É Franz Kafka!
Penso que o nome ‘A Metamorfose’ não poderia ter sido melhor, pois ocorrem duas metamorfoses evidentes na obra. Ou seja, duas transformações. A primeira é a mudança do protagonista, a segunda é a mudança das pessoas ao seu redor. Já que a vida muitas vezes imita a arte, gostaria muito que as pessoas não apenas percebessem a mudança uma das outras, mas que mudassem também, um pouco que fosse. A transformação é necessária. Quero aprender o sentido da vida. Quero me revelar para mim mesma, mas tudo é mais complicado se quem está ao nosso lado, que convive conosco, não está no mesmo ritmo. A metamorfose das pessoas é necessária e, quando ela não ocorre, é frustrante para quem já se transformou pelo menos um pouco. Por isso, recomendo ao querido leitor: Mude! Comece lendo Kafka!


Imagem: Google






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Deprimida

Posted by Blogueira on 16:08 in ,
Esses dias ando meio deprimida, acho que tem um pouco a ver com as músicas que estou escutando no caminho de ida e volta ao trabalho, pois só escuto música durante esse percurso ou de vez em quando antes de dormir. Nunca pensei que Luiza Possi, Marcelo Jeneci e James Blunt podiam deprimir tanto alguém. Quando não é a Luiza com aquela voz linda e meio rouca falando de amor é o Marcelo e o James me fazendo repensar a vida, a minha e a dos outros. Nossa, estou muito depressiva, vou tentar escutar algo mais alegre durante esse trajeto. Ainda por cima, chego no meu trabalho, que não é como todo trabalho, pois, em geral, as pessoas conversam umas com as outras em seus respectivos trabalhos, tomam café, enrolam um pouco e vão trabalhar. No meu trabalho é diferente, eu chego, falo bom dia, dois entre uns dez professores carrancudos respondem, quando um ou outro vem conversar tenho vontade de morrer, porque só sabem reclamar de salário. Pensando bem, quando vejo os professores chego a ter pena dos alunos... Mas minha pena logo se esvai quando entro em sala de aula e sei que tenho que dar aula, o que não é difícil para mim, não posso reclamar, nem posso reclamar muito dos alunos, pois eles me acham animada, jovem, divertida, comentam suas vidas comigo etc. e tal. Talvez o único fardo seja ter que estar sempre disposta para não decepcioná-los. Não decepcionar meus alunos se tornou uma obrigação e fez de mim uma mentirosa, pois eles pensam que não tenho muitos problemas ou que não fico triste, mas o que não sabem é que estou, praticamente, sempre triste. Ainda bem que eles não percebem isso, pois não quero ser como aqueles velhos carrancudos, que são os professores antigos. As professoras mais jovens são aquelas casadinhas recentemente, que dia sim, estão felizes porque fizeram sexo, dia não, estão tristes porque o marido mostrou uma nova faceta desconhecida. Sem paciência para esse perfil de professora. Eu não sei como cada professor é em sala de aula, mas a maioria na sala dos professores me deprime, talvez pensem o mesmo sobre mim, pois não finjo muito quando estou na sala dos professores e faço questão de fazer cara de enfado... Estou, realmente, deprimida...







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Sobre preços de dvd’s e amizades

Posted by Blogueira on 13:29 in , ,
Algo, verdadeiramente, desanimador é tentar assistir uma série americana até o final enquanto ela ainda for moda. Aliás, até depois de sair de moda é desanimador, pois os preços de dvd’s no Brasil não abaixam, e as promoções são todas falsas. Não percebo nenhuma promoção verdadeira no Brasil. Tudo aqui é enganação. O problema é que eu quero muito ver o final de uma série, mas não quero pagar o valor. Como não cair na tentação da falsificação? Meio complicado, não é mesmo? É tão simples, eu caminho até o shopping popular e compro a temporada final por menos da metade do preço. Não sou colecionadora de quase nada, a única coisa que tento ter em casa são livros, mas já perdi vários por emprestar a quem não devolve ou por trocar em dinheiro ou mercadoria. Acho legal quem coleciona e tudo o mais, mas como não sou colecionadora nem crítica de imagem, não percebo, de fato, nenhuma diferença ao assistir um dvd pirata e um original. Queria que alguém me explicasse qual a diferença. Entendo a ilegalidade da coisa e tal, mas não entendo a questão da qualidade. E caso o dvd não funcione ou a imagem esteja ruim, posso, como já o fiz, trocar na banca tranquilamente...
Os valores dos originais não permitem que uma pessoa seja, politicamente, correta. Acredito que o único público fiel mesmo seja o evangélico, devido à abordagem das vendas e à fidelidade, digamos... a Deus?!? Enfim, não quero pagar um preço abusivo. É caro ou eu ganho muito mal. Aliás tudo é caro neste país especialista em impostos. Estou esperando chegar na Netflix, tentando resistir à falsificação, pois já tenho em mente que não vou pagar o valor do final da temporada. Não mesmo! Outra coisa que não deixa de ter a ver com o preço dos dvd’s são as minhas amizades. Sei lá, acho que nunca dei sorte com isso. Geralmente, as pessoas formam grupos, esses grupos têm assuntos em comum, mas parece que só atraio gente que não tem nenhuma familiaridade com meus gostos. E, sabe-se lá por que, essas pessoas que de mim se aproximam cismam que sou a melhor pessoa do mundo, mas são evangélicas, ou casadas, ou pais de família, ou não assistem séries, ou não leem livros, ou não ouvem as mesmas músicas que eu, ou não gostam dos filmes bons... entre muitíssimas outras diferenças. Não sei por qual motivo essas figuras se sentem atraídas a conversar comigo, poxa... nunca têm nem um dvd ou um livro que preste para emprestar... risos... Que azar o meu!



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