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Braços cruzados (06/11/15)
Estou de braços cruzados,
confesso! Quero a mudança, mas a mudança não vem. Então, permaneço paralisada
como uma estátua que não se move ou como alguém que afunda em areia movediça.
De repente, me dei conta de que a vida é a permanência da insistência. Não
estou insistindo nem tentando, não estou mudando nada o que deveria e poderia.
Assisto à tragédia de mim mesma. Assisto minha própria dor. Querer é poder
desde que os braços não fiquem cruzados. E os meus braços permanecem, além de
cruzados, atados. Ataduras que não quero remover. Não quero ou não consigo?
Irremovíveis! Sou irremediável?!?