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Este é setembro
O mundo gira,
gira, gira... e eu acabo caindo no mesmo tipo de texto: falar mal da profissão. Estamos em setembro, mas, por mim, bem que já poderíamos estar em dezembro.
Acredito que a vida das pessoas felizes não seja assim: um eterno desejar que o
ano acabe logo. Sim, aqui eu me confesso infeliz profissionalmente. Talvez
surjam pessoas com bons conselhos de mudança, mas mudar de vida vai muito além de
apenas querer. Certamente, largar minha profissão neste exato momento não me
trará nada além de prejuízo, pois não tenho como me manter a não ser
trabalhando na minha infeliz escolha.
A questão é
que quando chega esta época do ano (setembro/outubro) eu me transformo em uma pessoa,
extremamente, depressiva. As aulas ficam piores de serem administradas e alguns
“alunos” parecem brotar das profundezas do inferno, especialmente, para me
atormentar! Especialmente para me mostrar que fiz a escolha errada e serei uma
pessoa depressiva nos dias lindos de setembro, simplesmente, porque tenho que
conviver com criaturas que estão ali (em sala de aula) para destruir a minha
autoestima.
Não estou
falando que o magistério é uma má escolha (que o escolha quem quiser). Este é um relato pessoal e intransferível.
Esta é a minha experiência de vida. Esta é a minha história frustrante e chata.
Quero mudar e vou. Prometo a mim mesma não me tornar uma senhora amargurada com
a vida devido a experiências negativas que tive ao longo de anos que não
interferi na minha história e, simplesmente, deixei de dizer não!!! Este é
setembro, esta sou eu neste setembro; florido, lindo, ameno, espetacular, o mês
do meu aniversário. Mas quero fugir! Para Londres? Paris? Suíça? Não, quero fugir
de mim! Posso desistir da fuga, 'né'?
Abraço aos
novos leitores e sejam sempre muito bem-vindos ao mundo de uma mulher
balzaquiana, mas sempre sincera!