Às vezes, perder é ganhar
As emoções são latentes, mas queria aproveitá-las mais. Sempre penso que a vida seria mais real se fosse possível reconhecer a importância de cada momento. Os livros de autoajuda proclamam, mas não é fácil. Até que me provem o contrário, viver cada dia como se fosse o último é apenas um discurso. Eu sei que dá remorso e culpa deixar sentimentos no passado, mas perder é ganhar, nem tudo ou todos valem a pena. Pois, se tudo valesse a pena, seriam muitas coisas e pessoas perdidas. Contrariando Fernando Pessoa, pessoas de alma grande, muitas vezes, não valem a pena, em todos os sentidos. Podem não estar na mesma sintonia, e é importante entender a sintonia das pessoas que nos rodeiam, cada qual possui o seus mundos particulares, adentrá-los é um risco.
Perder é ganhar, às vezes... Outras tantas, perder é perder mesmo, e quanto a ambas, faz parte daquilo que as pessoas chamam de viver. Existe o risco de perder e ganhar, mas nunca saberei, e é bom saber que ninguém saberá, pois não existem videntes. Caso houvesse, não haveria. Complexo? Não! Qual vidente precisaria cobrar uma consulta de um cliente, se pudesse adivinhar os números da loteria para si mesmo?!? O futuro nada mais é do que o passado adiantado, e se o passado foi eu quem fez, farei o futuro com meus atos. Confecciono meu próprio enredo assim como cada linha de um texto, até que se forme o parágrafo e, de cada parágrafo, um texto.
Tudo quanto há é uma projeção das vidas das pessoas. Cada vivência são exemplos dos exemplos de nossos próprios pensamentos. Cada vez que se perde, era preciso perder. Cada vez que se ganha era preciso ganhar. Mas uma só coisa é certa: as atitudes são produtoras de resultados, embora nada esteja sob o nosso controle absoluto. Nada!