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As pessoas têm expectativas diferentes daquilo que elas oferecem aos outros. É justo?
Há algum tempo, li uma
frase direcionada a mim, o que foi confirmado pelo próprio autor da ação, a
frase é a seguinte: “Algumas pessoas passam pelas nossas vidas para nos ensinar
a não ser como elas”. Portanto, este texto é uma resposta ao que li há certo
tempo, já que as redes sociais nos permitem réplicas, assim como indiretas bem
diretas.
Sempre tive fama de intransigente e difícil de lidar, mas o fato é
que pessoas com fama de acessíveis e fáceis de lidar, na maioria das vezes, são
“Maria vai com as outras”. Como eu nunca vou ser “Maria vai com as outras”,
esse é meu grande defeito e é, ao mesmo tempo, minha grande qualidade. Não
posso e não consigo acender uma vela para Deus e outra para o diabo. Eu tomo um
partido, faço escolhas, não fico em cima do muro, tampouco cozinho pessoas em “banho
maria”. Tenho medo das consequências sim, pois sou humana, mas quanto a isso
tem mais a ver com TPM ou ansiedade. O que quero dizer é que se alguém
compartilha certa intensidade de sentimentos e atitudes comigo, não posso
aceitar que essa mesma intensidade de sentimentos e atitudes seja compartilhada
com outros, é daí que vem o exemplo das duas velas (uma para Deus e outra para
o diabo, mesmo que nessa situação eu seja o diabo). Sendo assim, entendo que o
que me é oferecido não é verdadeiro, pois é comum e oferecido de forma
semelhante a outros. O fato é que se eu passar pela vida de alguém para ficar,
não quero exclusividade, não exijo tanto, apenas quero que o que é oferecido a
mim seja exclusivo. Confesso que até me sinto lisonjeada, pois o fato de
ensinar às pessoas a não ser como eu acaba sendo um elogio, tenho muita coisa
em mim que eu mesma gostaria de modificar em todos os aspectos, o problema mesmo são aquelas pessoas que passam pela vida das outras e não ensinam NADA!