Divagações... (Momento Confidência)
Desde o início de dezembro (2010), comecei a estudar para um concurso público na minha área. A matéria não é chata, mas como é muito conteúdo, torna-se chata. Estou ligeiramente estressada e de mau humor, mas tento disfarçar, já que o mundo é, muitas vezes, um saco de merda, tenho mesmo que aprender a conviver nele. É mesmo muito difícil praticar a palavra sublinhada, pois todos sempre querem ter razão.
Corrigi muitos textos em 2010 (atuando como corretora/revisora), o que ainda não aprendi foi corrigir os meus próprios textos, muito menos a mim mesma. É uma tarefa árdua viver, mas a vida não é assim, eu sei que não. Às vezes, pergunto às pessoas se elas são felizes e elas me respondem sem pensar: “Sim!”. Queria ter as mesmas certezas. Desconfio, entretanto, que algumas pessoas mentem e , para este tipo de mentira, não há perdão. Embora os demagogos todos do mundo poderiam se unir, me encarar e dizer: “Para todo erro há perdão”. Pura ‘balela’! Afinal, é difícil e, ao mesmo tempo, insólito, perdoar a si mesmo.
Eu e minha parceira de correções de 2010 rimos muito ao receber nosso salário integral, não descontaram nem um centavinho pelas nossas faltas, que não foram poucas. Acho que estamos rindo até agora. Mentira, só eu tenho achado isso muito bom, pois minha amiga costuma achar tudo natural... Embora, ela possa vir a discordar desta afirmação.
No final de junho (2010), eu estava me sentindo como uma bomba relógio, eu não via a hora de o semestre final da faculdade chegar ao fim. Hoje, (apenas 6 meses depois) já sinto falta. Minha parceira de correções de 2010 disse que eu estava sofrendo da “síndrome do ninho vazio”. Agora, que estou me sentindo velha, desprezada, desinteressante, absurdamente incompleta e vazia, qual é mesmo a minha síndrome? Creio que não seja necessário resposta.
Tenho algumas metas para 2011, o que, em se tratando de minha pessoa, é um grande avanço (geralmente não tenho metas). Tenho um prazo curto para cumpri-las, penso que é possível alcançá-las, mas se eu não conseguir, vai ser apenas mais uma vez que vou chorar. Ultimamente, não tenho chorado muito e, quando choro, são poucas as lágrimas, às vezes tenho a impressão de estar forçando o choro, uma espécie de teatro para Deus ou algum anjo bom, como se eu pudesse enganá-los...
"A franqueza não consiste em dizer tudo o que se pensa,
mas em pensar tudo o que se diz."
(Victor Hugo)
(Imagem: Getty Images)